Dia de Luta e solidariedade às vítimas de acidentes e doenças do trabalho

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A Organização Internacional do Trabalho (OIT) instituiu o dia 28 de abril como o Dia Mundial da Segurança e da Saúde no Trabalho, em memória às vítimas de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. No Brasil, a Lei 11.121/2005 instituiu o mesmo dia como o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho.

De acordo com a Previdência Social e o Ministério do Trabalho, no Brasil acontecem mais de 700 mil acidentes do trabalho por ano. Em 2017, o país teve mais de dois mil acidentes fatais, esse número corresponde a uma morte a cada quatro horas e meia

O Diretor e representante legal do STIG-MG, José Aparecido Alves Ferreira, fala sobre a responsabilidade nesses casos. “Não podemos esquecer que a maioria desses acidentes ocorre por culpa patronal, ou seja, pelo descaso de alguns empregadores com a segurança e a saúde dos seus trabalhadores. Também devemos lembrar das doenças relacionadas ao trabalho, que aumentam a cada ano”, afirma.

E, como se não bastasse todos esses dados alarmantes, com a aprovação da Reforma Trabalhista, pelo governo corrupto de Michel Temer, os trabalhadores estão ainda mais expostos aos riscos de sofrerem acidentes e doenças do trabalho.

Um triste exemplo dessa realidade é a situação das gestantes. Em 2016 a CLT foi alterada para assegurar à gestante ou à lactante o direito de se afastar de qualquer atividade ou local de trabalho insalubre, ou seja, que possa causar algum dano à saúde tanto dela como da criança. Com a Reforma, as mães poderão trabalhar em ambientes insalubres durante a gestação e a lactação, ou seja, aumentando os riscos de acidentes e danos a trabalhadora e ao seu filho.

Outros itens da reforma também colaboram para o aumento de acidentes e doenças do trabalho, como a permissão do aumento da jornada de trabalho, permissão para a diminuição do intervalo para repouso e alimentação, entre outros.

Terceirização – A grande vilã dos acidentes e mortes no trabalho

A terceirização está diretamente relacionada à maior ocorrência de acidentes fatais no trabalho. Isso ocorre porque grandes empresas subcontratam empresas menores, por sua vez menos capacitadas para garantir a proteção de seus funcionários. A terceirização mata, discrimina, e desiguala os trabalhadores.

Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) os trabalhadores terceirizados têm jornadas mais longas, salários menores e são mais acometidos por doenças do trabalho do que os efetivos que desempenham a mesma função.

É o que confirma a Associação Latino-americana de Juízes do Trabalho (ALJT), São 560 mil trabalhadores acidentados terceirizados, contra 140 mil trabalhadores contratados diretamente. É uma relação de 8 para 2.

Fique ligado, trabalhador, estão querendo acabar com os nossos direitos e explorar nossa força de trabalho ao máximo, sem se importar com a nossa saúde e futuro.

Caminhe junto com o seu sindicato e lute para que essas injustiças sejam corrigidas e não assolem outros trabalhadores. Só com muita luta e mobilização conseguiremos nossa valorização.

Juntos Contra a Terceirização e Contra a Implantação da Reforma Trabalhista.

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