Em reunião no dia 13 de setembro, na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), a mediadora e Auditora Fiscal do Trabalho, Alessandra Parreiras, classificou a proposta apresentada pelos patrões, de perda de direitos e aumento bem abaixo da inflação, de “isolada e anômala” em relação a todas as outras que já foram ou estão sendo negociadas no âmbito da SRTE.
Donos de jornais e revistas se comprometeram a discutir a retirada da pauta de retrocessos.
Segundo a mediadora, foi a primeira vez que uma proposta sugerindo perda de direitos conquistados há décadas foi apresentada na mesa de negociações. “Esses direitos fazem parte de uma história construída ao longo de décadas não só pelos sindicatos laborais, mas também pelo sindicato patronal e não pode ser perdida assim”, afirmou.
Ela também acrescentou que, por dever de ofício, tinha a obrigação de alertar o sindicato patronal sobre o absurdo da proposta e defendeu a preservação de direitos.
Os sindicatos dos trabalhadores também rechaçaram a pauta e informaram que não vão discutir, em hipótese alguma, perda de conquistas.
Sugeriram a retirada da proposta para que as discussões sobre o aumento prosseguissem. Também relataram que há uma enorme revolta nas redações e no setor de produção provocada pela proposta patronal, que não será aceita pela categoria.
A pauta apresentada pelos patrões implica em corte dos salários de todos os três Sindicatos representantes das categorias de trabalhadores em jornais e revistas, com a redução do percentual das horas extras, do adicional noturno e diminuição do período de estabilidade após fechamento da convenção coletiva, além de um aumento de apenas 3,5 % sem retroatividade.
Diante disso, o sindicato patronal assumiu o compromisso de convocar assembleia para discutir com as empresas jornalísticas a retirada da pauta para o prosseguimento das negociações envolvendo o aumento salarial.
Foi agendada uma nova reunião para o dia 23 de setembro, às 11h30.
Fique atento! Vamos fazer assembleias nas portas das empresas de jornais e revistas para discutir o andamento da campanha salarial.
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